Pescadores e técnicos participam de curso entre os dias 12 e 16 de junho, no auditório da Fundação Almerinda Malaquias, no município de Novo Airão.
Texto: Maurília Gomes. | Fotos: Rodrigo Duarte.
Assessoria técnica da Fundação Vitória Amazônica participou de Curso de multiplicadores em manejo dos recursos pesqueiros com foco no pirarucu em ambientes de várzea que aconteceu entre os dias 12 e 16 de junho, no auditório da Fundação Almerinda Malaquias, no município de Novo Airão. A capacitação, realizada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, contou com 21 participantes de diversas organizações
A capacitação foi voltada para pessoas que já atuam ou que pretendem atuar com o manejo do pirarucu, desde assessorias técnicas até pescadores e grupos de manejo. De acordo com Jonas Batista, analista do Instituto Mamirauá e instrutor desta formação, “o curso foi pensado principalmente para trabalhar um modelo de manejo com possibilidade de ser replicado para as outras áreas além da região de atuação do Instituto Mamirauá”, afirmou.
O conteúdo programático foi baseado em temáticas consideradas prioritárias para o manejo do pirarucu. “Este curso tem sete temáticas prioritárias para o manejo que a gente entende que o funcionou lá para a nossa área que são os temas organizar, zonear, proteger, contar, pescar, vender e avaliar”, explicou Batista.

Para o coordenador do programa Conservação para Gente, da FVA, André de Moraes, o manejo é uma experiência de sucesso, que vem sendo aperfeiçoada ao longo de 25 anos pelo Instituto Mamirauá, e tem um potencial de replicabilidade em qualquer território de populações tradicionais no Amazonas, nas áreas de ocorrência do pirarucu. “Vimos no curso a importância de se trabalhar diversos aspectos, desde a organização comunitária até a comercialização. E que a atividade também está relacionada a várias demandas dos territórios, como a vigilância territorial, geração de renda etc.”, disse.
Moraes também destacou que o fato de o rio Negro e o Solimões terem características diferentes (química, velocidade e temperatura), por si só já estabelece uma necessidade de adaptação para alguns aspectos e esse intercâmbio promovido pelo curso serviu para subsidiar este processo.
Além da FVA, o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (IDAM), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), além de pescadores do rio Unini e do rio Jauaperi e assessorias e responsáveis técnicos que atuam com colônias de pesca e grupos de manejo na região do rio Negro.




