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Conselho do Mosaico do Baixo Rio Negro se reúne em Novo Airão

Texto e fotos: Maurília Gomes.

Nesta semana, o Espaço FVA, em Novo Airão, recebeu a 28ª Reunião do Conselho Consultivo do Mosaico do Baixo Rio Negro. Sob a presidência de Marco Antônio Vaz de Lima, as reuniões do Conselho busca representar a diversidade de atores envolvidos na conservação e gestão do Mosaico, reunindo representantes de comunidades tradicionais, especialistas, pesquisadores, representantes de instituições governamentais e organizações não governamentais, além de representantes do setor empresarial para discutir e propor alternativas para o desenvolvimento sustentável do território.

A programação contou com a apresentação do coordenador executivo da Fundação Vitória Amazônica (FVA), Fabiano Silva, que atualizou os presentes sobre o andamento e os resultados alcançados até o momento com o projeto Rotas e Pegadas: caminhos integrados para o desenvolvimento do baixo rio Negro – coordenado pela FVA e desenvolvido em parceria com diversas organizações de base comunitárias do mosaico. O Rotas e Pegadas é financiado projeto LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, por meio do Fundo Amazônia e Fundação Gordon e Betty Moore.

Os participantes também discutiram sobre crédito rural com Emily Gentil Vinhorte, representante do IDAM, em Novo Airão, que também tratou do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e outros benefícios destinados à agricultura familiar e ao extrativismo em UCs. A atividade turística também foi destaque, com Emmanuelle Pampolha, da Amazonastur, discutindo as competências e ações do órgão para o desenvolvimento sustentável do turismo no estado do Amazonas.

Além disso, os representantes do Laboratório de Geoprocessamento da FVA, Heitor Paulo Pinheiro, trouxe informações sobre o monitoramento de riscos ambientais nas unidades de conservação do Mosaico do Baixo Rio Negro, e Marcelo Santos Junior discutiu as mudanças na paisagem do MBRN ao longo dos últimos 35 anos, evidenciando a necessidade de medidas de proteção e conservação frente ao crescimento humano e suas consequências.

Também foi apresentada uma pesquisa detalhada sobre a saúde das populações rurais ribeirinhas da região por Fernando José Herkrath, da Fiocruz, que forneceu dados importantes para políticas públicas.

Os representantes comunitários também fizeram apresentações sobre suas ações. Viceli Siqueira da Costa, presidente da ACS Rio Negro, compartilhou o relatório da gestão atual da associação, e Ian Leite dos Santos, presidente da CAMURA, discutiu as atividades planejadas para 2022 e 2023.

O encontro do Conselho Consultivo do Mosaico do Baixo Rio Negro evidenciou a importância da cooperação e da troca de conhecimentos entre diferentes atores envolvidos na conservação e no desenvolvimento sustentável da região amazônica. As discussões realizadas durante os três dias de evento deverão contribuir significativamente para o fortalecimento das ações de conservação ambiental e promoção do bem-estar das comunidades locais.