No momento você está vendo Nota Técnica: monitoramento ambiental como ferramenta de gestão territorial no baixo rio Negro

Nota Técnica: monitoramento ambiental como ferramenta de gestão territorial no baixo rio Negro

Texto: Maurília Gomes. | Imagem: Geolab/FVA.

A segunda Nota Técnica (NT) do projeto Rotas e Pegadas, intitulada “Monitoramento Ambiental como Ferramenta de Gestão Territorial” apresenta um estudo comparativo das variáveis ambientais na região do baixo rio Negro nos anos de 2015, 2021 e 2022.

Utilizando análises geoespaciais, a equipe do Laboratório de Geoprocessamento (LabGEO) da Fundação Vitória Amazônica (FVA) analisou dados relevantes para compreender a situação ambiental da região. Comparou-se o ano de 2015, marcado por impactos ambientais negativos significativos, com os anos de 2021 e 2022, durante os quais observou-se mudanças ao longo de todo o projeto.

A publicação traz informações sobre impactos antrópicos, incluindo desmatamento, degradação e focos de calor, utilizando fontes oficiais de dados, como o Terra Brasilis para informações sobre desmatamento, o BDQueimadas/INPE para identificar focos de calor e a base de dados espaciais desenvolvida pela Fundação Vitória Amazônica para obter uma compreensão mais abrangente das dinâmicas na região.

Além da análise comparativa, a nota técnica também oferece informações detalhadas sobre o trabalho de monitoramento ambiental realizado pelo LabGEO/FVA, o qual identifica diariamente mudanças na paisagem, produz boletins e mapas que auxiliam nas ações de fiscalização, planejamento e gestão territorial.

A NT destaca a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro, bem como as Áreas de Proteção Ambiental (APA) Puduari/Solimões e APA Tarumã-Açu/Mirim como áreas onde os alertas de desmatamento e degradação aumentaram de forma acelerada e contínua ao longo dos anos. Diante dessa situação, torna-se essencial adotar novas tecnologias para fortalecer o trabalho de gestão e minimizar os impactos ambientais, buscando respostas imediatas aos crimes ambientais.

Dentro das recomendações apresentadas está a necessidade de utilizar aeronaves remotamente pilotadas para melhoria dos monitoramento e aprimorar os dados em escala de degradação ambiental; fortalecer os programas de monitoramento ambiental, promovendo parcerias entre a Sociedade Civil e o Estado para garantir um monitoramento eficaz, evitando duplicidades. Também propõe o mapeamento das atividades licenciadas no âmbito do Mosaico e a realização de um diagnóstico dos Cadastros Ambientais Rurais na região, visando à regularização fundiária.

Essa nota técnica faz parte da série de publicações do projeto “Rotas e Pegadas: caminhos integrados para o desenvolvimento do baixo rio Negro”, que conta com financiamento do Projeto LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica, do Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), por meio do Fundo Amazônia e da Fundação Gordon e Betty Moore.

Acesso a íntegra do documento:

NT02_Monitoramento Ambiental como Ferramenta de Gestão Territorial

NT01 Cidades, Vilas e Comunidades do MBRN