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A FVA

No início dos anos 1990 um grupo de cientistas, empresários e estudantes de Manaus, participantes de um evento de conservação internacional sediado na cidade, o Workshop 90, decidiu fundar uma instituição que pudesse oferecer uma resposta local a problemas ambientais no Estado do Amazonas. Assim surgiu a Fundação Vitória Amazônica (FVA), criada em 19 de janeiro de 1990, durante o evento que reuniu cerca de 100 pesquisadores especialistas em estudos relativos à Amazônia para discutir áreas prioritárias para a conservação da região.

Com foco inicial de atuação na cidade de Manaus, a FVA definiu a bacia do rio Negro como sua área geográfica de atuação por se tratar da maior bacia hidrográfica de rios de água preta do mundo, na época ainda pouco estudada e conhecida. A bacia do rio Negro é habitada por uma grande diversidade cultural de populações indígenas e não indígenas e apresenta ecossistemas peculiares ricos em biodiversidade e relativamente pouco perturbados. Este cenário oferece oportunidades tanto para a conservação da natureza quanto para o incentivo do uso sustentável dos recursos naturais pelas populações locais, como forma de buscar melhorias em sua qualidade de vida.

Ao longo de sua história, a FVA estabeleceu uma forte relação de confiança com os moradores das comunidades locais do rio Negro, desenvolvendo uma experiência única de pesquisa participativa baseada no entendimento das demandas e perspectivas destas comunidades. A partir desta experiência, desenvolvida inicialmente no Parque Nacional do Jaú com os estudos para a criação de seu Plano de Manejo, a FVA vem desenvolvendo projetos nas áreas social, manejo e uso de recursos e de políticas públicas, que contribuem para solucionar os problemas locais a partir de iniciativas sustentáveis, voltadas para a construção de um modelo alternativo de desenvolvimento regional pautado na responsabilidade ambiental e social.

Para viabilizar suas ações a FVA conta e contou com o apoio e parceria dos moradores locais e dos órgãos públicos gestores das áreas protegidas onde atua, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e, mais recentemente, o Centro Estadual de Unidades de Conservação (CEUC), além de uma dezena de instituições de fomento e pesquisa. Estas parcerias ajudaram a fortalecer a instituição, propiciando as bases legais e técnicas que norteiam sua atuação e desenvolvimento dos produtos, como Planos de Manejo de Unidades de Conservação no baixo rio Negro (Parque Nacional do Jaú, Reserva Extrativista do Rio Unini, Parque Estadual do Rio Negro Setor Norte), o suporte à gestão destas áreas protegidas, a formação de associações e cooperativas e o fortalecimento de cadeias produtivas extrativistas, como o cipó-titica, a castanha, a piaçava e etc.