FVA acredita que ações de conservação da biodiversidade devem ser baseadas em processos de inclusão social. Entretanto, desenvolver modelos que aliem geração de renda, melhoria de qualidade de vida e conservação da natureza é um desafio complexo que deve ser trabalhado de forma multidisciplinar, criativa e planejada. Para organizar melhor suas ações a FVA definiu tres grandes estratégias de ação complementares intituladas: “Geopolítica da Conservação”, “Gente para Conservação” e “Conservação para Gente”.
Geopolítica da Conservação
Objetiva a consolidação do Mosaico de Unidades de Conservação do baixo rio Negro, buscando oferecer suporte técnico aos gestores públicos relevantes. A FVA acredita que a consolidação deste conjunto de áreas protegidas pode trazer benefícios para as populações locais e alavancar o desenvolvimento dos municípios abrangidos pelos limites destas áreas. Historicamente, no entanto, estas UCs se constituíram em áreas muito restritivas em relação ao acesso aos recursos naturais, causando conflitos entre o poder público e populações locais.
Para a consolidação deste sistema de unidades de conservação é necessário a criação de novas unidades, a revisão crítica dos limites e categorias de algumas delas e a elaboração de instrumentos de gestão atualizados e adaptados à região e ao cenário político econômico atual. São estes os parâmetros utilizados para implementar a estratégia Geopolítica da Conservação no baixo rio Negro. Estas ações são viabilizadas através do estabelecimento de parcerias técnicas com o poder público estadual e federal visando compartilhar a experiência técnica da FVA na gestão de áreas protegidas. As relações institucionais com os gestores públicos, o CEUC (Centro Estadual de Unidades de Conservação) e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) são estabelecidas através de Termos de Cooperação Técnica.